A conversão abre o coração a Deus e renuncia ao que se lhe opõe...
3. “Falai, meu Deus, quando vos aprouver... Agora, Senhor, que me arrependo das minhas cegueiras, que renuncio de todo coração a todas as coisas que me obrigavam a fugir de Vós, agora que vos venho procurar, que estou disposto a seguir todas as ordens santas da vossa Providência Divina, descei ao coração aonde, desde há muito tempo, quereis entrar: não mais terá ouvidos senão para Vós nem terá mais afeições senão para Vos amar como deve... Nada no mundo será capaz de vos arrancar um servidor que vos consagra, com a coragem digna de um cristão, obediência sem reservas e submissão infinita... É necessário, por assim dizer, que eu mude de natureza, que me despoje do velho Adão para revestir-me de Jesus Cristo. Porque, doravante, Divino Salvador, ou vos pertenço inteiramente ou assino a minha própria reprovação.” (Ibd. p. 18)
A conversão torna o homem conforme ao coração de Deus...
4. “Vós quereis, meu Deus, que eu seja homem, mas que o seja segundo o vosso coração. Compreendo o que me pedis e quero dar-vo-lo porque me ajudareis, me dareis força e me ungireis com a vossa Sabedoria e virtude... Toca-vos, pois, combater por mim. Entrego-me inteiramente a Vós, porque sei que tomais sempre o partido de quem espera em Vós... Mudai a minha fraqueza em coragem, e se é necessário que uma pobre cana como eu esteja exposta ao furor dos ventos e tempestades mais fortes, cingi-me com a vossa misericórdia e cobri a minha debilidade com o vosso manto de justiça. Conservai em mim, oh meu Deus, um santo horror por tudo aquilo que mais Vos desagrada. Assusta-me o exemplo da vossa justiça... e, ao mesmo tempo, aumenta o meu amor... e comove-me de gratidão a vossa paciência com os meus pecados...” (Ecrits, pp. 18-19).
04/09/2009
PENSAMENTOS DE CLAUDIO P.PLACES
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