01/02/2010

P. Places e Libermann: 2 de Fevereiro 2010

Em Cristo pobre, disponíveis para evangelizar e servir os pobres, pela força do Espírito.
Ao celebrarmos este 2 de Fevereiro de 2010, deixamo-nos entusiasmar de novo pelo clarão que ainda nos chega do modo como Claudio Poullart des Places e Francisco Libermann viveram a sua fé, iluminados por esta Luz.
Espírito Santo e pobres são dois dos focos a iluminar a nossa vida espiritana cuja fonte de alimentação inesgotável é Cristo, luz do mundo.
Poullart des Places pensou nos pobres para evangelizar os pobres ao iniciar uma experiência de vida, de partilha e de renúncia, com estudantes pobres que daria origem ao seminário do Espírito Santo. Esta intuição original viria a marcar o espírito da congregação porque nasceu de uma experiência pessoal de despojamento do proprio Cláudio, à imagem do próprio Filho de Deus que se fez pobre e humilde, semelhante a nós, para que todos sejam salvos e proclamem que Jesus Cristo é o Senhor ( A leitura de Efesios 2, 5-11 é altamente inspiradora deste dinamismo quenótico que está na origem de todo o projecto divino em favor da humanidade, de toda a Missão!).
Libermann, subentendendo e apreciando a experiência de Poullart des Places, escreveu o seguinte: "Quando o Espírito Santo inspira uma obra, só lhe confere todo o seu desenvolvimento, à medida que as ocasiões se apresentam; no entanto todo e qualquer desenvolvimento está já contido no principio pelo qual ele anima aquele a quem é inspirada essa obra." Estas palavras de Libermann se concretizam não só na sua vida de abnegação, renúncia e docilidade ao Espírito de Deus, mas também na Congregação do Espírito Santo que ele continuou, dando a este velho tronco a nova seiva da sua congregação do Sagrado Coração de Maria. Foi através desta fusão que a Congregação do Espírito Santo voltou ao florescimento espiritual que Poullart des Places lhe tinha imprimido.
Libermann cedo compreendeu que neste projecto havia uma intuição carismática importante de atenção aos mais pobres, na medida em que os seus membros se abriam, tal como Maria, à acção do Espírito Santo que, em Cristo, o tornou missionário do Pai, enviado a evangelizar a Boa nova aos pobres.
Em 23 de Março de 1850, Libermann exprimia assim esta convicção profunda que tantas vezes experimentou na sua vida, desde o dia em que a luz de Deus iluminou a sua vida em dia de seu baptismo, fazendo-o compreender e amar, de uma vez para sempre, Maria e o seu papel na história da salvação.
Escrevia assim:
"Sempre colocamos o nosso repouso e a nossa felicidade no Coração de Maria completamente cheio da abundância do Espírito Santo, e embora não exprimindo esta plenitude do Espírito Santo no Coração de Maria, ela fazia parte essencial da nossa devoção ao Santíssimo Coração de Maria. Pois bem. Não mudamos. Simplesmente o que estava subentendido, o que supunhamos antes, agora o exprimimos."

A liturgia de 2 de Fevereiro, da apresentação do Senhor, apresenta-nos o velho Simeão, cheio do Espírito Santo, proclamando:
" Agora Senhor, segundo a Vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, Vosso povo".

Boa festa de Libermann…. bela Luz para e-missão.
Pe.Jose Sabença Cssp

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